sexta-feira, 24 de abril de 2009

Vieira da Silva considera que proposta para suspender pagamento da taxa social "poria em causa" Segurança Social

O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, considera que a proposta da Confederação do Comércio de Portugal (CCP) de suspender por dois anos o pagamento da taxa social única "poria em causa o futuro do sistema de Segurança Social".
"A suspensão equivaleria a uma perda de receitas de cinco por cento do PIB anual o que não é comportável", afirmou hoje o ministro, referindo que há outras medidas de apoio às empresas e ao emprego que estão a ser tomadas pelo Governo.
O governante falava aos jornalistas no final de uma sessão de divulgação do programa "Iniciativa Emprego 2009" que decorreu na Associação Comercial de Braga. Vieira da Silva insistiu na ideia de que a resposta aos problemas actuais da economia passa pelo incentivo ao emprego - apoiando empresas e instituições sociais -, pela qualificação profissional e pela criação do próprio emprego por desempregados.
Questionado sobre as estimativas do FMI, segundo as quais o desemprego pode atingir os 9,6 por cento dos activos em 2009, Vieira da Silva considerou-as "sérias", mas disse que há que lutar para que não se tornem realidade. "Cada décima que conseguirmos a menos na taxa de desemprego corresponde a 5.500 empregos que se salvaram e embora o número não seja grande são outras tantos cidadãos que permanecem a trabalhar", acentuou.
O ministro considera que, apesar da crise económica mundial estar a ter reflexos "muito fortes" na economia portuguesa, há sinais positivos nomeadamente no domínio do emprego, e do compromisso de empresas e instituições para tentar mantê-lo, sem despedir empregados".
Vieira da Silva lembrou que o Instituto de Emprego tem em vigor um conjunto de incentivos à criação de emprego, frisando que as empresas que contratarem trabalhadores com mais de 45 anos e há mais de nove meses no desemprego, beneficiam de dois anos sem pagar taxa social única e ainda recebem um incentivo financeiro.
Os apoios passam, ainda, por incentivos à requalificação, à realização de estágios e a ajudas à criação do próprio emprego, no caso de desempregados, acrescentou.

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